quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Orações Subordinadas Adverbiais

Dando continuidade aos nossos estudos, vemos agora as orações subordinadas adverbiais, que são as que exercem função sintática de adjunto adverbial.

Oração Subordinada Adverbial Causal

São orações que exprimem a razão determinante de um acontecido. São iniciadas por conjunções causais, sendo as principais: porque, visto que, á que, uma vez que, como.

Saiu apressado, visto que estava atrasado.

Oração Subordinada Adverbial Comparativa

São orações que exprimem a análise que assemelha ou difere dois elementos, onde o verbo pode ser omitido. Suas principais conjunções são: como, assim como, tal como, tal qual, que (menos que, mais que).

Joana se sentira entusiasmada, assim como suas colegas.

Oração Subordinada Adverbial Consecutiva

Trabalha como adjunto adverbial de consequência, iniciado sempre pela conjunção que. É comum haver um advérbio intensificador na oração principal.

O rapaz trabalhou tanto / que foi promovido a gerente. 

Oração Subordinada Adverbial Concessiva

Exprime situação de concessão, reconhecendo uma ideia inversa, antagônica. As principais conjunções concessivas são: embora se bem que, ainda que, mesmo que, por mais que, por menos que, conquanto.

Bruno insistiu em sua decisão, embora todos se opusessem.

Oração Subordinada Adverbial Condicional

Exprime circunstância de condição, compreendido como aspecto excessivamente importante para que algo aconteça. São as principais conjunções condicionais: se, caso, contanto , desde que.

Os alunos tem capacidade de se saírem bem, contanto que se esforcem.

Oração Subordinada Adverbial Conformativa

Trabalha como adjunto adverbial de conformidade, i.e., estar de acordo ou não se opor. Suas principais conjunções são: conforme, segundo, como. Nesta, o verbo também pode ser omitido.

Não há investimentos em saúde / segundo profissionais da área.

Oração Subordinada Adverbial Final

Expressa uma finalidade relatada no verbo da oração principal, tendo como principais conjunções: a fim de que, para que, que.

Investiram na vida acadêmica / para que se tornassem grandes intelectuais.

Oração Subordinada Adverbial Proporcional

Indica ideia de proporção, entendida como disposição coerente e harmônica das partes que formam um todo. Suas principais conjunções são: à proporção que, à medida que, quanto mais, quanto menos.

A amizade entre eles fortalece / à medida que os anos passam.

Oração Subordinada Adverbial Temporal

Expressa a ideia do tempo em que ocorre a ação do verbo da oração principal. As principais conjunções temporais são: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que.


Assim que decolou, o avião passou por uma terrível turbulência.

Orações Subordinadas Adjetivas


As orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras diferentes, restringindo ou especificando o sentido do termo a que se referem.


Observe:

è As casas que são ilegais serão derrubadas pela Agefis.

Percebe que o sentido dessa oração restringe, limita? Não serão dedrrubadas todas as casas, somente as ilegais.

è Os jovens, que são o futuro da nação, precisam estudar.

Ao contrário da frase anterior, essa explica que os jovens são o futuro da nação.


DICA¹: A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma vírgula. É comum, por isso, que a vírgula seja indicada como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas.

DICA²: Geralmente, as orações subordinadas adjetivas são introduzidas por um pronome relativo.
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

Quando falamos em período composto, estamos falando de duas ou mais orações que completam o sentido uma da outra. Uma oração coordenada é aquela cujos os termos que giram em torno do verbo são completos, ou seja, não são oracionais. Vejamos:

Carolina comeu [um bolo].
Suj.         VTD         OD

Na frase acima o sujeito e o complemento verbal não possuem verbo dentro de sua própria estrutura, logo, esta é uma oração coordenada.
Nas orações Subordinadas Substantivas, estes termos serão oracionais, ou seja, apresentarão pelo menos um verbo dentro de sua estrutura. Vejamos:

(Suj. + V) + Verbo Principal + Complemento

Nesse caso o segundo verbo pode ser o próprio sujeito ou um complemento preposicionado de um substantivo abstrato (complemento nominal).

Sujeito + Verbo Principal + (Compl. + V)

            Agora, este segundo verbo pode exercer funções de objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito, aposto e, novamente, complemento nominal.
            Dado isso, observamos que existem seis tipos de orações subordinadas. Alisemos a seguinte oração.

Foi decidido [que não haveria convites].

Para analisarmos esta oração devemos destacar os verbos foi decidido e haveria. Qual a ideia principal que esta oração nos traz? A ideia de decidir algo. Por essa razão a locução verbal foi decidido será tomado como o Verbo Principal do período. Agora, consideremos o verbo haver, este por sua própria natureza é considerado impessoal, em outras palavras ele não terá um sujeito. E por ser impessoal, é também um VTD, então “convites” será o OD de haveria. Percebam que os elementos que giram em torno de haver estão completos. Mas e os elementos relacionados a foi decidido? Notem que, quando eu digo que Algo Foi decidido há sentido completo em relação ao complemento verbal, fazendo-se desnecessário o OD e o OI. Mas e esse algo? Esse algo é o sujeito da nossa oração, é ele quem comanda a flexão verbal. Se algo é o sujeito da oração, qual o sujeito da oração que estávamos analisando? O sujeito é “que não haveria convites”. Então vejam:

Foi decidido [que não haveria convites].
           Locução verbal               Sujeito Oracional
          (Verbo Principal)       (Núcleo do Suj. = haveria)

Por isso, a oração em destaque caracteriza-se como uma Oração Subordinada Substantiva Subjetiva, por possuir função de sujeito.
OBS.: Notem a presença do vocábulo QUE, este não retoma nenhum termo dito anteriormente, por isso não é um pronome relativo, mas uma conjunção integrante. As orações subordinadas substantivas são marcadas apenas por conjunções integrantes, são estas: que e se.
            Não é difícil identificar e classificar uma oração subordinada substantiva, uma vez que basta reconhecer a conjunção integrante, encontrar o verbo principal e rotular os elementos relacionados a ele.
Observemos agora os tipos de orações subordinadas substantivas:

·         Subjetivas
Não é segredo que os dois não se entendam.
          Verbo Principal              Sujeito Oracional
               (Núcleo do Suj. = entenderam)

·         Objetivas Diretas
Ignoro quantos são os desabrigados.
        Verbo Principal              Objeto Direto Oracional
              VTD                 (Núcleo do OD = desabrigados)



·         Objetivas Indiretas
Lembre-se de que a vida é breve.
            Verbo Principal              Objeto Indireto Oracional
                    VTI                             (Núcleo do OI = é)

·         Predicativas
Seu receio era que chovesse.
          Verbo Principal              Predicativo do Sujeito
                               VL                    (Núcleo do PS = chovesse)


·         Completiva Nominal
Sou favorável a que o prendam.
       Verbo Principal + PS             Complemento Nominal
      (Substantivo Abstrato)          (Núcleo do CN = prendam)


ORAÇÕES COORDENADAS: NOÇÕES & EXEMPLIFICAÇÕES



A princípio, com vistas ao prosseguimento de nosso esboço explanativo , vemos com bons olhos a colocação duma definição simples de Oração Coordenada (OC) a partir dos trabalhos de Cunha & Cintra e de Perini. Orações Coordenadas são, portanto, orações que apresentam autonomia sintática entre si, isto é, são orações que apresentam sintagmas cujos complementos não são completos por elemento oracional (um verbo), ou melhor exprimindo nos termos de Perini, são orações equivalentes. Esta presente definição deverá tornar-se mais clara com as exemplificações seguintes.

Ora, grosso modo definida a noção de OC, expandamos tal noção dividindo-a na seguinte dicotomia - consoante meu leitor pode observar no mapa mental divulgado na primeira postagem -, Orações Coordenadas Assindéticas (OCA) e Orações Coordenadas Sindéticas (OCS).


Orações Coordenadas Assindéticas

Podemos afirmar com Cunha e Cintra que OCA são orações não-introduzidas por um gramema conectivo, isto é, são senão orações justapostas (orações arranjadas uma ao lado da outra, sem um conectivo para as relacionar). A título de exemplo, segue algumas orações:

Seremos felizes, | consumiremos pouco, | viveremos mais um quanto. |
Vinde a mim, | tenhais em mim descanso. |
Li periódicos, | assisti a concertos, | vislumbrei catedrais, | não há nada nisso.

Com os exemplos supraconferidos podemos observar um número razoável de orações justapondo-se sem quaisquer elementos conectores.

Orações Coordenadas Sindéticas

Contrariamente à categoria anterior, as OCS são orações introduzidas por gramemas conectivos (chamados pela Gramática Tradicional de conjunções coordenativas). 

Classificaremos, doravante, com Cunha & Cintra, tais orações.

Coordenada Sintética Aditiva: entabula elo entre duas orações, e.g.:

Profanaste teu corpo e arrependeste-te.

Coordenada Sintética Adversativa: entabula elo entre duas orações de funcionamento idêntico, mas conferindo-lhe uma noção contrastante, e.g.: 

Embora amealhara uma boa monta de dinheiro, não conseguiu viajar.

Coordenada Sintética Alternativa: entabula elo entre duas orações de teor significativo distinto, indicando que dado o cumprimento dum fato,  um outro fato não se cumprirá, e.g.:
  
Retorquia ora com rispidez, ora com ternura.

Coordenada Sintética Conclusiva: Entabula elo entre uma oração anterior e outra que denota conclusão, consequência, corolário.


Conheci, pois, os pais da petiz.

Coordenada Sintética Explicativa: entabula elo entre duas orações, a segunda das quais justificará a ideia na primeira contida, e.g.,

Cansado estou, pois que me violaram o direito de falar. 

Em verdade esperamos nós que este presente artigo seja de bom uso a quem dele necessitar! No próximo artigo trataremos da forma outra de montar orações, a saber, a subordinação.



ORAÇÕES COORDENADAS: NOÇÕES & EXEMPLIFICAÇÕES



A princípio, com vistas ao prosseguimento de nosso esboço explanativo , vemos com bons olhos a colocação duma definição simples de Oração Coordenada (OC) a partir dos trabalhos de Cunha & Cintra e de Perini. Orações Coordenadas são, portanto, orações que apresentam autonomia sintática entre si, isto é, são orações que apresentam sintagmas cujos complementos não são completos por elemento oracional (um verbo), ou melhor exprimindo nos termos de Perini, são orações equivalentes. Esta presente definição deverá tornar-se mais clara com as exemplificações seguintes.

Ora, grosso modo definida a noção de OC, expandamos tal noção dividindo-a na seguinte dicotomia - consoante meu leitor pode observar no mapa mental divulgado na primeira postagem -, Orações Coordenadas Assindéticas (OCA) e Orações Coordenadas Sindéticas (OCS).


Orações Coordenadas Assindéticas

Podemos afirmar com Cunha e Cintra que OCA são orações não-introduzidas por um gramema conectivo, isto é, são senão orações justapostas (orações arranjadas uma ao lado da outra, sem um conectivo para as relacionar). A título de exemplo, segue algumas orações:

Seremos felizes, | consumiremos pouco, | viveremos mais um quanto. |
Vinde a mim mortos, | tenhais em mim descanso. |
Li periódicos, | assisti a concertos, | vislumbrei catedrais, | não há nada nisso.

Com os exemplos supraconferidos podemos observar um número razoável de orações justapondo-se sem quaisquer elementos conectores.

Orações Coordenadas Sindéticas

Contrariamente à categoria anterior, as OCS são orações introduzidas por gramemas conectivos (chamados pela Gramática Tradicional de conjunções coordenativas). 

Classificaremos, doravante, com Cunha & Cintra, tais orações.

Coordenada Sintética Aditiva: entabula elo entre duas orações, e.g.:

Profanaste teu corpo e arrependeu-te.

Coordenada Sintética Adversativa: entabula elo entre duas orações de funcionamento idêntico, mas conferindo-lhe uma noção contrastante, e.g.: 

Embora amealhara uma boa monta de dinheiro, não conseguiu viajar.

Coordenada Sintética Alternativa: entabula elo entre duas orações de teor significativo distinto, indicando que dado o cumprimento dum fato,  um outro fato não se cumprirá, e.g.:
  
Retorquia ora com rispidez, ora com ternura.

Coordenada Sintética Conclusiva: Entabula elo entre uma oração anterior e outra que denota conclusão, consequência, corolário.


Conheci, pois, os pais da petiz.

Coordenada Sintética Explicativa: entabula elo entre duas orações, a segunda das quais justificará a ideia na primeira contida, e.g.,

Cansado estou, pois que me violaram o direito de falar. 

Em verdade esperamos nós que este presente artigo seja de bom uso a quem dele necessitar! No próximo artigo trataremos da forma outra de montar orações, a saber, a subordinação.



domingo, 13 de novembro de 2016

PERÍODO COMPOSTO - ORAÇÕES COORDENADAS E ORAÇÕES SUBORDINADAS - INTRODUÇÃO

PERÍODO COMPOSTO - ORAÇÕES COORDENADAS E ORAÇÕES SUBORDINADAS


Antes de começar, sabemos que o estudo das orações subordinadas é, para muitos alunos, complicado por conter diversas classificações e, ainda, nos forçar a relembrar conceitos vistos em vários momentos da vida escolar. Pensando nisso, criamos este blog com o intuito de apresentar esse conteúdo da forma mais resumida possível, visando facilitar o aprendizado.

Aprender algumas funções sintáticas realmente antes tornará o processo mais fácil, por isso, não reclame da sua professora nesse quesito, é importante mesmo!
E que funções seriam estas? São elas: sujeito, predicativo do sujeito, complemento nominal, objetos direto e indireto, aposto e adjunto adverbial. Provavelmente lembrou-se de ter visto algumas!

No post anterior apresentamos um mapa mental para que você conseguisse visualizar melhor a extensão do que será mostrado aqui. Nos subsequentes, faremos um resumo explicando melhor cada uma das funções, falaremos sobre as orações coordenadas (já adianto a você que algumas contêm conjunção e outras não) e para concluir o objetivo deste blog, falaremos sobre cada tipo de oração subordinada.

Bons estudos!


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

MAPA MENTAL - PERÍODO COMPOSTO

Ao ver este mapa mental, do que você se lembra?
Embora alguns tenham uma certa dificuldade com essa matéria, é possível, sim, aprendê-la!

Observe o mapa a seguir para que você se familiarize com o tema..


Nas publicações seguintes, trataremos sobre os detalhes desse assunto.
Esperamos por você!